Relógio biológico também é afetado com a chegada do horário de verão, diz médico

Para garantir boa noite de sono o ideal é evitar atividades estimulantes à noite


Cara amassada, mau humor e sonolência. As mudanças com a chegada do horário de verão à meia-noite deste sábado não serão apenas nos ponteiros do relógio. O organismo de quem vive nos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste, além do Distrito Federal também pode ser afetado nos primeiros dias.

O corpo pode sofrer uma espécie de jet-lag — cansaço comum em pessoas que encaram um fuso horário diferente durante uma viagem — até se alinhar ao novo ritmo.

Enquanto algumas pessoas aproveitam a luz do dia para estender o happy hour até as 20h, outras têm dificuldade para dormir e acordar. Segundo o neurologista Luiz Paulo Queiroz, o metabolismo demora uma média de três a sete dias para se adaptar ao horário de verão. Isso por que a melatonina, o hormônio regulador do sono, é acionado pela falta de luz. Ou seja, o corpo tem um ciclo guiado pela luminosidade.

Quem estava acostumado a dormir às 23h no horário antigo (cerca de quatro horas depois de escurecer) pode ter dificuldade de encarar o travesseiro no mesmo horário, pois o dia será mais longo.

Dicas para não sofrer com a mudança de horário

Para manter a boa qualidade do sono é importante evitar situações estimulantes no início da noite, como exercícios físicos e filmes barulhentos, que deixam o corpo ligado, além de escolher um ambiente escuro e calmo. Também é bom fugir do café, do chá preto e das comidas pesadas, que podem prejudicar o sono.

Quem está acostumado a acordar por volta das 7h vai se deparar com o dia ainda escuro. Para ajudar o organismo a deixar de produzir a melatonina, senão o corpo "entende" que é ainda hora de ficar na cama, o ideal é acender as luzes da casa para encarar o novo dia.
Veja como funciona o horário de verão:

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