Corpo do autor de massacre de Realengo é enterrado no Rio


Corpo do autor de massacre de Realengo é enterrado no Rio

Wellington Menezes de Oliveira foi enterrado em uma cova rasa no cemitério do Caju. Nenhum parente acompanhou o sepultamento




Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Ampliar
Foto do autor de massacre de Realengo recolhida de um HD achado queimado em sua casa
O corpo do autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Wellington Menezes de Oliveira, foi enterrado na manhã desta sexta-feira (22) no cemitério do Caju, na zona portuária do Rio de Janeiro, 15 dias após a tragédia. Doze crianças morreram.
Segundo funcionários do cemitério, o sepultamento ocorreu por volta das 9h, em uma cova rasa de número 7708. Eles disseram para a reportagem do iG que o enterro foi gratuito.
Até o início desta manhã, nenhum parente havia reconhecido o corpo no IML (Instituto Médico Legal). O prazo para isso se esgotou ontem.
No entanto, Wellington não foi enterrado como indigente porque o cadáver já estava identificado.
Apenas funcionários da Santa Casa de Misericórdia acompanharam o enterro.
Assassino se matou
Após atirar nos estudantes, Wellington foi baleado por um PM na barriga e na perna e, em seguida, se matou com um tiro na cabeça. Laudo do IML indicou que o atirador cometeu suicídio.
Ele usava duas armas no dia da tragédia. Um revólver calibre 38 e outro calibre 32. Três homens suspeitos de venderem o armamento para Wellington foram presos.
Wellington, segundo policiais da Divisão de Homicídios, teria efetuado 66 disparos na hora do massacre. Ele usava na ocasião um cinto de guarnição semelhante aos PMs onde foram encontradas outras 24 balas.
Em vídeos, atirador deu detalhes do crime
Após o crime, policiais acharam vários vídeos gravados pelo atirador. As imagens revelaram que ele já planejava um ataque à uma escola desde o ano passado e que esteve na Tasso da Silveira três dias antes do massacre.
Em outro vídeo, Wellington disse que passou a noite anterior ao crime em um hotel no bairro do Valqueire, na zona norte da cidade.
As gravações mostraram também o atirador relatando que sua atitude foi tomada em represália ao bullying que sofreu na escola e no seu dia-a-dia. Ele ainda cobra uma atitude do governo para esse tipo de prática nos colégios.
“Que o ocorrido sirva de lição principalmente para as autoridades escolares”, diz. “Escola, colégio e faculdade são lugares de ensino, aprendizado e respeito. Se tivessem descruzado os braços antes e feito algo sério neste tipo de prática, provavelmente o que aconteceu não teria acontecido”, completa

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